O nosso reino é tudo isto, e muito mais...

«Contos de fada são mais do que a verdade. Não porque eles nos dizem que dragões existem, mas porque eles nos dizem que dragões podem ser derrotados.»

~ Neil Gaiman ~

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Guizito entrevistou... Dina (Passar o Tempo)

O Guizito...... artesãos portugueses.
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Que canais utilizas para a divulgação do teu trabalho?
Para divulgar as minhas experiências utilizo o meu blog Passar o Tempo que me acompanha desde 2005 e ainda o Flickr identificada como dinadomingues.
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Fala-nos um pouco de ti.
Sou uma pessoa comum com 44 anos; feliz com dois homens em casa (o grande e o pequeno); apaixonada/viciada em animais, sol, calor, árvores, água, amigos e conversas sem fim; sempre gostei de desenhar, mas como não via a possibilidade de fazer dinheiro com a “arte” tirei uma licenciatura em matemática aplicada, a única disciplina que sempre foi paixão. Acabei na informática que me divertiu e me consumiu, deixando de fazer qualquer trabalho que me desse um gozo especial fora do horário de trabalho. Agora sei que gosto de trabalhar papéis, tecidos e biscuit além das tintas, muitas tintas e lápis de carvão.

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Como caracterizas o teu trabalho e o que é que ele significa para ti?
O meu trabalho (não profissional) é uma experiência única com muitas variações, se correr bem será uma lembrança para alguém, o que me dá sempre muito gozo, tanto no momento em que o imagino, como quando o realizo, mas ainda mais quando o ofereço.

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Quando começaste? Quanto tempo dedicas a esta actividade agora?
Nos anos oitenta percebi que só desenhar não me chegava e incentivada pelo meu pai, fui aprender a pintar a óleo, ao mesmo tempo que tinha aulas de artes decorativas onde aprendi um pouco de quase tudo o que se faz agora, até a fazer alguns dos materiais que agora se compram; mas durou pouco, comecei a trabalhar na Informática que me dava muito gozo, o pouco tempo que sobrava era para arejar e viajar, perderam-se os trabalhos manuais tendo-me ficado só pelo desenho que faço em qualquer guardanapo de papel. Depois, aos 39 anos precisei de uma alternativa à TV para ficar acordada até às 3h da manhã, foi o ano em que a minha criança deixou de usar fraldas durante a noite, comecei pelos feltros e comecei a achar piada e a lembrar-me como gostava de inventar e fazer coisas diferentes do trabalho do dia-a-dia, criei um blog incentivada por um amigo, sem nenhum objectivo para além de me obrigar a mostrar coisas e garantir que não parava. Passados mais de 5 anos continuo a esforçar-me por todos os dias criar alguma coisa até porque tenho o defeito de não conseguir repetir coisas, o que me faz mesmo inventar, nem sempre consigo, mas esforço-me.

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Qual a história por trás do nome que escolheste para identificar as tuas peças?
O nome que escolhi para o meu blog relaciona-se com a origem dos meus trabalhos “passar o tempo” significa isso mesmo, passar o tempo a inventar enquanto guardava os sonhos da minha criança e esperava pelas 3h da manhã; também os identifico como “Dinarices”, nome dado pela minha avó sempre que me via deitada no chão a desenhar, mas acima de tudo, cada trabalho que faço sou eu mesma a “Dina Domingues”.
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Costumas actualizar-te e aprender novas técnicas? O que fazes para te manter actualizada?
Viajo muito pela net, pelas feiras de artesanato, pelas revistas, pelos livros, por conversas com amigas, à procura de coisas novas que se façam e que talvez eu gostasse de experimentar. Sempre que me lembro de fazer alguma coisa penso “já alguém deve ter feito, deixa-me procurar”, nem sempre encontro, mas muitas vezes vejo ideias giríssimas, trabalhos pelos quais fico apaixonada e a partir dai penso como devia ficar giro feito antes ”assim ou assado” e surge mais uma ideia para experimentar.

*Qual o papel da tua família e qual a relação que tem com este trabalho?
O apoio da família é fabuloso, considerando o dinheiro que gasto em materiais para os quais não tenho retorno de investimento, ou os trabalhos de carpintaria que estou sempre a pedir quando tenho mais uma ideia; até os homens da casa já dão sugestões de como eu podia fazer isto ou aquilo, ou o que devia ou não comprar para fazer mais uma peça nova.

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Qual a peça artesanal que tens e que mais estimas (feita por ti ou oferecida) e porquê?
Como todas as peças são únicas e feitas para aquele momento ou pessoa especifica, tenho muita dificuldade em escolher “a minha peça”; talvez escolhendo uma de cada material já experimentado: uma página de scrapbook, oferecida a uns vizinhos especiais sobre a sua primeira visita ao HRC de Lisboa; uma das minhas bonecas de biscuit articulada, uma luta árdua porque quero um dia fazer marionetas; uma das minhas bonecas de papel porque achei que tinha que reciclar; uma das minhas bonecas de pano feita para meninos de uma instituição; as minhas pinturas que comecei a ter coragem de oferecer.
* Tens algum animal de estimação? Qual ou quais (nomes)?
Animais de estimação pode dizer-se que não a minha marca, tenho cães, desde há um mês, só três, são o meu Matias, o meu Isaías e o meu ELVIS (mas já tive mais 3 que são todos estrelinhas no céu); depois tenho os meus pássaros, uma caturra chamada MoZART; um periquito do monte, o Quico e um periquito alimentado à mão desde bebé, o Cris Abutre; mas depois tenho muito mais, tenho as minhas tartarugas, a Margarida, a Sónia e o Óscar e o cágado Manel e só falo dos que estão com acesso à casa; não vale a pena continuar porque tenho mais de 50 animais (na sua maioria aves).
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Coleccionas algo? O quê?
Colecções, também tenho dificuldade em ficar por uma, faço colecção de Hipopótamos, porque acho o animal mais parecido comigo: gordo e pacífico, mas destruidor se alguém se mete com os seus; faço colecção de presépios pequeninos, sou viciada em presépios, hei-de ter um montado todo o ano e enorme e já tenho algumas Rainhas Santa Isabel.
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Quais as tuas perspectivas relacionadas com este projecto, para os próximos 2 anos?
Para os próximos dois anos gostava de divulgar de forma efectiva os meus desenhos, as minhas pinturas, cartoons; gostava de ser capaz de escolher exactamente o que me dá gozo fazer e investir aí sem me perder com novas experiências todas as semanas e por fim, conseguir recuperar o investimento dos materiais e ganhar coragem para vender algumas peças sem aquela sensação de “o filho saiu de casa para casar com outra”
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Conta-nos uma pequena história/curiosidade sobre ti ou sobre este teu projecto que te tenha marcado positivamente.
Experiências positivas: as peças que são o símbolo de mais um desafio ultrapassado, os amigos que as elogiam e um grande orgulho quando os colegas do meu filhão me pedem desenhos ou trabalhos para oferecer às namoradas.

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